Símbolos, metáforas, palavras. Apenas arremedos.
Apenas foto 3×4 de um mundo muito maior; na verdade, infinito.
É como ver o mar pela primeira vez. Pequenez tamanha.

Porém as decodificações gramaticais não são fuga,
mas apenas doses de misericórdia
para quem não consegue navegar no mar sem ajuda da embarcação.

Letras, sílabas, prefixos, sufixos.
Jangadas feitas a mão;
e eu que sou navegante rude, mas persistente.

Quem as usa segue o caminho das águas.
É como o Velho e o Mar:
simples, esperançosos, contínuos.

Escrever é salgar a vida com metáforas
e adocicá-la com rimas.
Agridoce que somos.

 

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