“Qualquer que em meu nome receber uma destas crianças, a mim me recebe; e qualquer que me recebe a mim, recebe não a mim, mas àquele que me enviou.” Mc 9.37

Segundo Lucas, Jesus Cristo nasceu em uma manjedoura porque não havia lugar para ele nas estalagens. O Deus que acolhe não foi acolhido. O mesmo se repete hoje, nos lares de nossa sociedade individualista.

A mensagem principal do Deus-menino está sendo engolida nos corações humanos, a contra-gotas, pela mensagem mesquinha do deus-mercado. Saiba, há grandes diferenças entre ambas.

A mensagem do Deus-menino diz que a verdade é uma pessoa, que a verdade é libertadora e acolhedora, e que, ao confrontar-se com ela, o ser humano compreende que ele vale mais pelo que é do que pelo que consome.

A mensagem do deus-mercado prega que tudo é aceitável, desde que gere lucro financeiro. Ela diz que o ser humano vale mais pelo que consome do que pelo que realmente é. A “verdade” (lê-se “satisfação”) está escondida em alguma bela roupa ou em um novo modelo automobilístico.

Entre uma mensagem e outra, há um abismo imenso. Não dá pra reconciliar a duas. Uma se opõe à outra. Enquanto a mensagem do Deus-menino nos propõe vida eterna e abundante, alegria baseada no amor, a mensagem do deus-mercado ensina que o importante é viver o aqui e agora e que os fins justificam os meios.

Ao contrário do que muitos pensam, não devemos ignorar a importância do dia 25 de dezembro. Ele é uma bela oportunidade (talvez a maior) para colocarmos essas duas propostas de vida em confronto direto.

Qual a nossa expectativa para este Natal? Firmar nossa identidade para o próximo ano na quantidade de coisas que compramos? Ou fortalecer quem somos na mensagem do Deus que acolhe?

Qual realmente é a nossa proposta de vida? Que diferença faz acreditarmos em um Deus que se fez carne e a habitou entre nós? Como isso transforma nossa liberdade de escolha?

Que o verdadeiro Espírito (com letra maiúscula) do Natal molde o nosso espírito e renove a nossa mente para o ano que chega.

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