Administrando as finanças para a aposentadoria

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Conversando Sobre o Futuro – a vocação continua  |  Estudo 7

Texto básico: Gn 41.15-35

Textos de apoio
– Pv 21.20
– Mt 6.19-21
– Mt 25.1-9
– Lc 12.15-34
– Lc 14.28-30
– 2Ts 3.7-9

Introdução

Pensar em planejamento financeiro é colocar um pouco de pragmatismo e praticidade na conversa sobre o envelhecer. Para a grande maioria das pessoas a aposentadoria vem acrescentada de uma perda no poder aquisitivo e no aumento significativo das despesas com saúde. Além disso, mesmo que exista uma segunda profissão, haverá um momento de parar. Logo, a gestão dos recursos financeiros faz parte do preparo para enfrentar o envelhecimento.

O ideal seria que na velhice tivéssemos recursos suficientes para podermos nos dedicar mais a trabalhos voluntários, sermos companheiros de nossos filhos e netos e nos ocuparmos com atividades que trazem realizações pessoais e sociais.

A prudência e a providência são demonstração de sabedoria (Pv 21.20, Lc 12.15-34, Lc 14.28-30). Cabe aqui lembrar três máximas da administração de recursos financeiros pessoais: Nunca gastar além. Nunca gastar tudo. Poupar sempre.

O apóstolo Paulo compartilhou com as igrejas que pastoreava sua preocupação em não se tornar pesado a elas, apesar disto ser um direito dele. Preparar-se, no que depender de nós, para não se tornar pesado aos nossos queridos é um bom caminho.

A capacidade de prever e planejar a longo prazo foi-nos dada por Deus, e o glorificamos quando a utilizamos correta e humildemente. Neste planejamento jamais poderemos esquecer quem está no controle de todas as coisas. O uso de nossos recursos deve envolver razão, emoção e devoção, dentro do nosso serviço a Deus e ao próximo. Isto envolve dízimos e ofertas, socorro aos necessitados e gratidão para com os que nos cercam.

Finalmente, lembramos que o lazer e a cultura são partes integrantes de uma vida dinâmica e saudável, são atividades que contribuem para nosso bem-estar físico e emocional. Estas duas atividades custam dinheiro e precisam constar no planejamento também.

Para entender o que a Bíblia fala com base em Gênesis 41.15-35

  • Quando pensamos em José, lembramos que Deus o capacitou para interpretar sonhos. Mas esquecemos de um dom que não parece “espiritual”, o dom de administrar (1Co 12.28). Onde se evidencia o dom de administrar na vida de José?
  • Quais providências José pensou para que o Egito pudesse passar pelo tempo adverso que se aproximava?
  • Como a previsão (antever acontecimentos) e a provisão (providenciar meios para enfrentar o esperado) se harmonizam com a fé de José em Deus?
  • Como as bênçãos decorrentes do planejamento feito por José influenciaram a vida dele, do Egito e do povo de Deus?

Hora de Avançar

Muitos querem cura, bons empregos, dinheiro no bolso.
É importante entendermos que Deus dá a cada um conforme
Ele quer; nosso papel é sermos “mordomos fiéis”
do que ele colocou em nossas mãos.
Paulo Maximiano

Para pensar

Alguns conceitos bíblicos parecem opostos quando olhados de forma superficial como salvação pela fé e as obras. Da mesma forma, confiança em Deus e planejamento financeiro. Paulo nos ensina que o planejamento humano deve sempre ser submetido à vontade de Deus (Tg 4.13-15), o que não anula a necessidade de pensarmos a diante.

Há sabedoria quando dizemos que o dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo patrão. Em nosso trato com os recursos financeiros, podemos administrá-lo sem colocar nele nossa esperança e nem vê-lo como um valor moral, mas como um recurso a ser colocado para o bem-estar das pessoas e expansão do reino de Deus.

O que disseram

“A vida cristã é uma vida em comunidade com outros cristãos. Vivemos literalmente em comunhão (koinonia) e a vida em comunhão que seja coerente exige o compartilhamento dos bens que estão à nossa disposição” (Timóteo Carriker, Trabalho, Descanso e Dinheiro, Editora Ultimato, 2001).

“O importante, na simplificação, é não ter medo – e o maior medo que temos é perder status. Quando vendemos nossa última casa, e mudamos para um apartamento de 68,2 metros quadrados, fui, por vezes, criticado, e por outras, confrontado: “Como é que você teve coragem?”. Mas não era questão de mais ou menos coragem. Era, simplesmente, necessário, financeiramente (as despesas de manter uma casa com jardim aumentavam, a renda diminuía) e física (uma área menor para minha esposa, com pouquíssima ajuda minha, cuidar). E, que maravilha, estamos felicíssimos em nosso ninho. Simplificação é sabedoria.” (Thomas Hahn, 79 anos, em Experiência e Esperança na Velhice, Editora Ultimato, 2015).

“’Certifique-se de que sabe como vai preencher seu tempo’, e ‘Verifique se suas finanças estão em ordem’. Enquanto continuava estudando e conversando com as pessoas, descobri um terceiro tópico que preocupava os adultos quando pensavam em se aposentar: “Onde morar?” […] os idosos ainda estão preocupados com essas três questões: dinheiro, tempo e estilo de vida.” (Amy Hanson, 2010, Baby Boomers and Beyond)

Para responder

  • Você acha importante planejar suas finanças com 15 ou 20 anos de antecedência? É possível conciliar planejamento a longo prazo com o que está escrito em Mt 6.25-34? Como?

Eu e Deus

Sei que meu Deus é senhor sobre terra e mar. Não tenho dúvida de que todas as coisas estão sob seu controle e nada que acontece em minha vida é sem sentido. Por outro lado, ele me dá capacidade de pensar e projetar, fazer planos, traças metas. Preciso aprender a viver em equilibro sabendo ser um bom mordomo do que ele me Deus (Ec 9.9-10), sem esquecer de que é ele quem me capacita para toda boa obra (2Tm 3.17)

Deus meu. Ensina-me a pensar no amanhã sem esquecer dos
compromissos assumidos hoje com teu reino, com meu próximo,
comigo mesmo e com minha família. Amém.

Autor: Marcelo Barreto

Leia mais:
» Mente aberta versus cabeça dura, estudo bíblico

» É Preciso Saber Envelhecer, Paul Tournier

» Trabalho, Descanso e Dinheiro, Timóteo Carriker

» Experiência e esperança na velhice, e-book

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