O primeiro casal: o pecado complicou tudo

O primeiro casal: o pecado complicou tudo

Texto básico: Gênesis 3.1-24

Versículo-chave: Gênesis 3.21
“Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.”

Leia a Bíblia diariamente:
seg Ct 1.1-17
ter Ct 2.1-17
qua Ct 3.1-11
qui Ct 4.1-16
sex Ct 5.1-16
sáb Ct 6.1-13
dom Ct 7.1-8.14

Alvo da lição:
Ao estudar esta lição, você terá como foco o casamento, estritamente a relação entre marido e mulher, e descobrirá como a graça e a misericórdia de Deus nos capacitam a ser cônjuges segundo a vontade Dele, mesmo sendo pecadores e convivendo com nossa natureza pecaminosa.

Você já se perguntou o motivo de tantas desavenças dentro de casa? Elas acontecem entre os cônjuges, entre pais e filhos, entre os irmãos. A resposta bíblica é: pecado. Desde que o pecado entrou na existência humana, todas as relações se tornaram deficientes. Casamentos são realizados sem a devida fundamentação, e o respeito que se deve ter, e, por conseguinte, se dissolvem com facilidade, engordando as estatísticas sobre o divórcio.

I. Culpa e vergonha (Gn 2.25; 3.7-13)

Adão e Eva viviam bem no Éden, não devido às circunstâncias, mas porque tinham comunhão com Deus. Todo casamento que busca semelhante relacionamento é feliz de verdade. Mas quando a comunhão com Deus é interrompida, surgem sentimentos negativos.

1. Culpa

Culpa pode ser consequência imediata da desobediência. Nosso inimigo é astuto e nunca nos apresenta o amargor da culpa quando nos tenta a pecar. Em Gênesis 3.6 lemos: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu”. Assim é o pecado à primeira vista: “bom, agradável e desejável”. Contudo, seus efeitos são amargos.

Nossa sociedade extinguiu a culpa por determinados atos. E como ela fez isso? Banindo conceitos de pecado. O que antes era tido como pecado, hoje, é considerado opção de vida. Ignorar a culpa e a existência do pecado não significa ausência dos efeitos na vida do pecador. Prova disso é o aumento de casos de depressão, suicídio, divórcio, etc.

 2. Vergonha

Antes de pecarem, Adão e Eva estavam nus na presença um do outro (e de Deus) e não sentiam vergonha (Gn 2.25). No momento em que desobedeceram, seus olhos foram abertos e tornaram-se conscientes da nudez. O ato de infração interferiu drasticamente na intimidade do casal com o Senhor – “Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (Gn 3.10). Quando Deus perguntou a Adão quem o fez saber que estava nu, ele culpou a mulher e o próprio Deus: “A mulher que me deste por esposa…” (Gn 3.12). A mulher, por sua vez, culpou a serpente (Gn 3.13). A sentença de Deus mostra a consequência do pecado em toda a criação.

Para a família
Muitos casais vivem sob o peso da vergonha e da culpa. Ambas são evidências de que há pecado não confessado. A confissão é fundamental; o arrependimento tem que ser sincero, e a obediência completa à palavra de Deus. Se esse é o seu caso, confesse seu pecado ao Senhor, depois procure seu cônjuge peça perdão e viva um relacionamento abençoado.

II. Consequências para a mulher (Gn 3.16)

1. Multiplicação dos sofrimentos da gravidez

Deus disse: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez…” ( Gn 3.16). Ele multiplicou, não colocou algo novo na maternidade.

 2.Conflitos com o esposo

A expressão “o teu desejo será para o teu marido…” é muito importante para entendermos a razão de tantos conflitos entre marido e mulher. A preposição que aqui foi traduzida por “para”, quer dizer literalmente “contra”– “o teu desejo será contra o desejo do teu marido”. A partir do momento em que a mulher deixou de se submeter à ordem de Deus de não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, ela passou a ter conflito com seu marido.

III. Consequências para o homem (Gn 3.17-19)

 1.Confusão no comando da família (Gn 3.17)

Observe: “Visto que atendeste a voz de tua mulher”. Essas palavras revelam que, no momento em que Adão deixou de ouvir a Deus, desobedecendo à Sua ordem (Gn 3.16-17), ele deu ouvidos à sua esposa e se sujeitou a ela. Não é pecado o marido ouvir a mulher, mas é propósito de Deus que o marido seja o líder da família.

2.Confusão na ordem natural da vida (Gn 3.17-19)

O trabalho honesto não é maldição, nem mesmo antes da queda ele era considerado algo ruim. E depois dela, não deve ser considerado um castigo. Contudo, depois da queda, o trabalho se tornou exaustivo, frustrante, tendo o homem que lidar com ervas daninhas (Gn 3.18), cansaço e fadiga por causa de um trabalho repetitivo (Gn 3.19).

3.Confrontação com sua miséria (Gn 3.19)

“…até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” Enquanto revolvia a terra com a enxada, Adão seria confrontado constantemente com a sua dura realidade: ele era pó e ao pó um dia tornaria.

Para a família
Como as consequências do pecado afetam a vida em família? Como os cônjuges podem ajudar um o outro a lidarem de maneira madura com essas situações no dia a dia.

IV. Esperança para o casal (Gn 3.15,20-21)

“Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). Lá estava o casal diante de Deus, tomados de vergonha e medo. Sabiam da gravidade de seu pecado, pois não só desobedeceram a Deus como acreditaram na ilusão diabólica de que poderiam ser independentes de Deus e até mesmo serem iguais a Ele. Esqueceram-se de que eles não precisavam disso, pois, foram criados “à imagem e semelhança” (Gn 1.26) Dele. A oferta da serpente não passava de uma grosseira e mentirosa forma do que Deus já havia feito por eles.

Deus puniu o inimigo. Em Gênesis 3.15, temos o que é chamado de “protoevangelho”; a primeira anunciação a respeito de Cristo, o “descendente da mulher”, que haveria de esmagar a cabeça da serpente (o diabo) enquanto ela apenas Lhe feriria o calcanhar.

Adão e Eva pecaram e, ao perceberem sua nudez, coseram folhas de figueira e fizeram vestimentas perecíveis. Deus, todavia, fez-lhes “vestimentas de peles”, o que nos leva a crer que um animal inocente (não era culpado pela desobediência a Deus) foi sacrificado, e sua pele revestiu o casal pecador. Esse animal tipifica o Senhor Jesus Cristo, inocente, que deu a vida para cobrir a feiura e a vergonha do nosso pecado.

Assim como Deus encheu de esperança o coração de Adão e Eva quando lhes mostrou Sua maravilhosa graça, hoje Ele continua dando esperança a tantos quantos O buscam. A esperança para os casais hoje é a mesma desde o princípio: o próprio Senhor Deus.

Para a família
Quanto do seu tempo familiar você dedica à orientação espiritual? Cônjuges devem se edificar mutuamente na Palavra e assim, permanecer fortalecidos para ensinar os filhos. Você dedica tempo para meditar na Bíblia com seu cônjuge? Você lê histórias bíblicas para seus filhos?

Conclusão

Não se iluda. Assim como no passado outra voz entrou na vida do casal Adão e Eva, hoje também isso acontece na vida de casais, para confundi-los e desvia-los da voz de Deus e de sua vontade. Não confie em seus recursos para resolver o problema do pecado, mas somente em Deus. Assim como as folhas de figueiras de Adão e Eva não eram perenes, da mesma forma nossos recursos são uma afronta a Deus.

Não se desespere! A graça de Deus é real. Muitos casais optam por “soluções” que só criam mais problemas. Para todos os casais que confiam em Deus, há os benefícios de dar ouvidos somente à voz divina, em vez de dar ouvidos à do mundo. Por meio da Palavra, serão beneficiados também a compreensão mútua. Os problemas que surgem vão sendo resolvidos sob a orientação de Deus, transformando corações e revigorando o lar.

 

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2 Comentários para “O primeiro casal: o pecado complicou tudo”

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