A membresia da igreja

A MEMBRESIA DA IGREJA

 

 

Texto básico: Romanos 12.1-5

Texto devocional: Efésios 5.29-30

Leia a Bíblia diariamente:
Seg  – Jo 13.34-35
Ter  – At 2.44-47
Qua  – Hb 10.25
Qui  – Rm 12.3-8
Sex  – 1Co 12.1-11
Sáb  – Cl 3.12-17
Dom  – 1Pe 4.7-11

Versículo chave: Rm 12.5
“Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros

Alvo da lição:
Você deve compreender o que significa ser membro do Corpo de Cristo e estimular a participação feliz e eficiente na membresia da igreja local

 

INTRODUÇÃO 

A Bíblia refere-se à igreja de maneiras bem variadas. Mas, primeiro e princi­palmente, ela é o corpo de Cristo. A igreja, nesta definição, é o organismo espiritual composto de partes mutuamente interdependentes, as quais são seus membros. A nossa união com Cristo faz com que sejamos membros do Seu corpo e membros uns dos outros (Rm 12.5). É interessante que, no Novo Testamento, há mais imperativos que se referem ao nosso relacionamento uns com os outros do que aos nossos deveres no mundo ou até ao nosso relacionamento com Deus. Isso implica que meu relacionamento com o Senhor é medido por meus relacionamentos com outros cristãos, mais do que por qualquer outro fator (1Jo 3.23; 4.7, 20).

Portanto, devemos levar a sério o fato de que somos membros uns dos outros. Mas sabemos o que significa isso? O rol de membros de nossas igrejas parece mais uma formalidade do que a realidade desejada por Deus. Biblicamente, membresia significa vida partilhada em conjunto. Outra palavra para descrever a igreja é koinonia, que indica natureza coletiva ou comunitária absolutamente essencial ao seu verda­deiro ser. A igreja não existe, não pode desenvolver-se sem vida de comunidade. A expressão natural da vida de Cristo no salvo leva-o a se reunir (At 2.44,46) e a resistir à tentação de deixar de se congregar (Hb 10.25). Qualquer crente, pois, que deixa de experimentar a vida íntima da comunhão com os irmãos, deixa de experimentar a igreja como corpo de Cristo.

É quando a igreja está reunida – quer como pequeno grupo numa casa (Rm 16.3-5), quer em celebração geral num prédio (At 3.1) – que melhor se pode expressar a “vida do Corpo” de modo a cumprir as palavras das Escrituras que dizem: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15-16).

I. O propósito da membresia

O propósito da membresia é que os cristãos animem e ajudem uns aos outros a expressar a vida de Cristo; e que desta maneira demonstrem o amor e a unidade que devem caracterizar o povo de Deus.

Paulo, escrevendo em 1Coríntios 12, registra que cada membro do corpo é necessário aos outros, portanto, à igreja inteira. Deus queria que todas as ne­cessidades do Seu povo fossem supridas. Daí, Ele, por meio do Espírito Santo, distribuiu a Seus filhos capacidades e habilidades especiais. As necessidades de cada um são mais bem atendidas num ambiente onde a comunhão esteja bem desenvolvida.

Dois elementos básicos definem o propósito da membresia.

1. Mutualidade

Podemos afirmar que mutualidade é um estilo de vida afinado com os manda­mentos do NT a respeito daquilo que os cristãos devem fazer uns aos outros para expressar o seu amor e unidade. Essa atitude produz uma igreja sadia, cheia de vigor que naturalmente transbordará num notável impacto sobre o mundo. O resultado é que essa igreja local atinge o alvo principal: glorificar a Deus (Rm 11.36).

2. Exercício dos dons espirituais

Nessa manifestação básica da vida do corpo, os membros mantêm comunhão por meio da mutualidade e exercem os dons que receberam para servir uns aos outros (1Pe 4.10).

Uma das maneiras de nos edificarmos é por meio da prática dos dons espirituais. Eles tornam-se vitais e práticos quando são despertados, reconhecidos e utilizados dentro da vida de uma comunidade cristã viva (Ef 4.15-16).

Sem a dedicação de uns aos outros e o emprego dos dons não existiria a igreja. Com muita frequência, infelizmente, é o que ocorre. Cabe a nós criar comunidades de fé em que as pessoas possam compartilhar a vida profundamente umas com as outras.

 

II. Principais características da membresia

Longe de autorizar a ideia de se criar discípulos isolados, sozinhos, assim diz o Senhor Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35).

A mutualidade expressa o amor ordenado por Cristo. Um cristão, que não está exercendo a comunhão, precisa examinar a si mesmo, para verificar se, de fato, ama seus irmãos. O conceito de membros enfatiza algumas características vitais.

1. Os membros valorizam relacionamentos

a) Amam uns aos outros (Jo 13.34-35; 1Pe 4.8)

b) Sujeitam-se uns aos outros (Ef 5.21)

c) Suportam uns aos outros (Cl 3.13)

d) Confessam mutuamente seus pecados uns aos outros (Tg 5.16)

2. Os membros contribuem para o desenvolvimento

a) Edificam uns aos outros (Rm 14.19)

b) Instruem uns aos outros (Cl 3.16)

c) Aconselham uns aos outros (Cl 3.16)

d) Compartilham salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19)

3. Os membros ajudam uns aos outros

a) Servem uns aos outros (1Pe 4.10)

b) Levam os fardos uns dos outros (Gl 6.2)

c) São mutuamente hospitaleiros (1Pe 4.9)

d) São bondosos uns para com os outros (Cl 3.12)

e) Oram uns pelos outros (Tg 5.16)

 

Conclusão

Como vimos, o alvo de todo cristão é ter uma vida em comunidade. A cada dia, um número maior de crentes está descobrindo que não pode ser cristão sozinho. Os cristãos não têm forças para viver à altura de sua sublime vocação para o Reino, exceto quando compartilham juntos a vida na comunidade.

>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Edificarei a Minha Igreja”, da série Adultos. Usado com permissão.

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4 Comentários para “A membresia da igreja”

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