A prática da confiança começa a partir da primeira resposta às revelações e promessas de Deus.

A confiança total não surge de uma hora para outra. Ela é gradativa, vai engordando aos poucos, vai se apoderando da pessoa lentamente. Essa é a experiência de Abraão, aquele que os judeus chamam de “nosso pai” e os cristãos de “o pai de todos que creem” (Rm 4.11). Pode-se dizer que Abraão fez graduação em fé, mestrado em fé, doutorado em fé e pós-doctor em fé.

Tudo começou quando ele saiu de sua terra e de sua parentela para uma terra que Deus lhes mostraria mais na frente. (Hb 11.8). O Senhor não lhe deu um mapa da região a ser percorrida nem qualquer informação adicional, senão a ordem: “sai da tua terra” (Gn 12.1). Depois de marchas e contramarchas, Abraão acreditou na promessa de que seria pai de uma grande nação, tão numerosa como as estrelas do céu, como o pó da terra ou como os grãos de areia da praia, mesmo tendo uma esposa estéril e avançada em anos, mesmo levando em conta seu corpo já marcado pela morte (Rm 4.18-21; Hb 11.11-12).

Por fim, depois de nascido e crescido o filho da promessa, quando posto à prova, Abraão ofereceu Isaque na certeza de que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, caso o sacrifício do menino se consumasse (Hb 11.17-19). Entre o chamado de Abraão e o que aconteceu na terra de Moriá, passaram-se talvez uns quarenta anos. Nesse período, a confiança de Abraão cresceu poderosamente, não sem erros (como no caso de Ismael) e alguns procedimentos incorretos (como o uso de expedientes escusos para proteger-se contra Faraó e Abimeleque).

A prática da confiança começa a partir da primeira resposta às revelações e promessas de Deus. Ela deve crescer ao ponto de aprender a esperar “contra a esperança”, isto é, a acreditar nas promessas de Deus mesmo quando não há o menor motivo par crer, como no caso de Abraão (Rm 4.18).

Práticas Devocionais – Estudos Bíblicos” apresenta 8 estudos bíblicos desenvolvidos a partir do livro “Práticas Devocionais – Exercícios de Sobrevivência e Plenitude Espiritual“, do pastor Elben Magalhães Lenz César, adequados para uso individual ou em grupo, para estudos dentro ou fora da igreja, bem como para o desenvolvimento pessoal, discipulado e o testemunho do Corpo de Cristo (Ef 4.11-32).

Trecho retirado do livro Práticas Devocionais, de Elben César.

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