Reanime o meu coração em Cristo! (Filemom 20, NVI)

Não se perde apenas a carteira, a chave do carro, o ônibus. Não se perde apenas o juízo, a saúde, a vida. Não se perde apenas a vergonha, o caráter, a reputação. Perde-se também o ânimo, força que põe tudo em movimento.

Na menor de suas epístolas, quando Paulo estava velho e encarcerado, ele pede sem rodeios a Filemom: “Reanime o meu coração em Cristo” (Fm 20). Uma boa saúde, uma boa situação financeira, um bom relacionamento familiar podem tornar o desânimo menos frequente, mas não são suficientes para manter o ânimo em todo o tempo. O ânimo precisa ser renovado sempre, principalmente quando há algum baque emocional, de causa conhecida ou não. Somos todos complicados, vulneráveis e frágeis. Daí a necessidade de socorro sem perda de tempo, de alguma reanimação boca-a-boca, o mais urgente possível.

Jesus dizia repetidas vezes: “Tenha bom ânimo” (Mt 9.2; Mc 10-49; Jo 16.33). Todos precisam de ânimo, principalmente aqueles que estão à frente de algum empreendimento. Esta foi a receita de Moisés a Josué: “Não tenha medo! Não desanime!” (Dt 31.8). Sem ânimo, não se sai do lugar, não se conquista nada. Antes de solicitar a Filemom “reanime o meu coração em Cristo”, Paulo faz um elogio a ele: “Você, irmão, tem reanimado o coração dos santos” (Fm 7).

Deus é a fonte de todo ânimo. Ele pode nos reanimar tantas vezes quantas forem necessárias e nos transformar em reanimadores dos outros. Esse bem poderia ser o nosso alvo para este ano!

Texto originalmente publicado no livro Devocionais para Todas as Estações.

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