“Amem uns aos outros com todas as forças e com um coração puro.” (1Pe 1.22)

A Bíblia insiste teimosamente no amor. No amor conjugal, no amor fraternal (entre irmãos e companheiros de fé e caminhada cristã), no amor pelo próximo (independentemente de laços sanguíneos e de credo), no amor ao inimigo (pessoas que julgamos hostis a nós) e no amor a Deus (aquele que existe, mas que não vemos). O amor é tão importante no cristianismo que toda a lei de Moisés e todo o ensino dos profetas dependem tanto do amor de Deus (que é o primeiro mandamento de maior importância) como do amor ao próximo (que é o segundo mandamento de maior importância). Esses dois mandamentos são como elos de uma corrente (Mt 22.36-40).

No entanto, amar não é tão natural como deveria ser. Em última análise, a Queda explica por que amar é difícil. Tão difícil que teve que virar uma obrigação, uma regra, uma exigência. E essa exigência só pode ser cumprida depois da interferência do Espírito Santo na vida do pecador, tornando-o nascido de novo, como o próprio Pedro admite.

O apóstolo não se satisfaz com qualquer tipo de amor: “Amem uns aos outros com todas as forças”. Outras versões usam advérbios que apertam ainda mais a obrigação de amar. É para amar ardorosamente, ardentemente, constantemente, fervorosamente, intensamente, intimamente, sinceramente. É para amar sem fingimento, sem hipocrisia. É para amar de coração, do “fundo do coração” (EPC), “como se a vida de vocês dependesse disso” (AM). A paráfrase das Cartas Vivas mostra melhor o raciocínio de Pedro: “Agora vocês podem ter amor verdadeiro por todos, porque as almas de vocês foram purificadas do egoísmo e do ódio, quando confiaram em Cristo como seu Salvador”.

Mesmo que não estejamos dispostos a amar, amemo-nos, porque Deus nos amou primeiro!

Trecho retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

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