Os crentes de ontem e de hoje são obrigados a transmitir a bagagem do temor do Senhor aos seus filhos. Quando isso não acontece de modo

generalizado e por muito tempo, a geração seguinte certamente será uma “geração obstinada e rebelde” (Sl 78.8), uma “geração má e adúltera” (Mt 12.39, 16.4) e uma “geração incrédula e perversa” (Mt 17.17), o que acaba provocando o juízo de Deus, como o dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, a tragédia de Gibeá, as invasões de Israel, a divisão do reino, a destruição de Jerusalém etc.

A lei da transmissão é a obrigação imposta por Deus aos Pais e a comunidade de Israel no sentido de transmitir à geração seguinte a 

herança religiosa ao povo eleito. Ele ordenou aos nossos antepassados que ensinassem essas leis aos seus filhos para que os seus descendentes as aprendessem e eles, por sua vez, as ensinassem aos seus filhos (Sl 78.5-6).

A ordem original acha-se em Deuteronômio 6.6-7: “Guardem sempre no coração as leis que estou lhes dando e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam estas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem” e 11.18-19: “Amarrem estas leis nos braços e na testa, para que não se esqueçam dela, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos”.

Os crentes de ontem e de hoje são obrigados a transmitir a bagagem do temor do Senhor aos seus filhos. Quando isso não acontece de modo generalizado e por muito tempo, a geração seguinte certamente será uma “geração obstinada e rebelde” (Sl 78.8), uma “geração má e adúltera” (Mt 12.39, 16.4) e uma “geração incrédula e perversa” (Mt 17.17), o que acaba provocando o juízo de Deus, como o dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, a tragédia de Gibeá, as invasões de Israel, a divisão do reino, a destruição de Jerusalém etc.

É preciso transmitir os princípios básicos que regem a fé e o comportamento ao primogênito, às filhas, aos mais dóceis, aos de índoles mais religiosa, ao mais “independente” A casa toda, o que vale dizer a família inteira, tem de pertencer ao Senhor. Daí as palavras de Josué: “Eu e minha casa, serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

É preciso transmitir o temor do Senhor ao filho, e este ao seu filho (que é neto do primeiro), e este ao seu filho (que é neto do segundo e bisneto do primeiro), e assim por diante. Trata-se de um rodízio de responsabilidade de pai para filho, numa sucessão que não permite dispensa nem intervalo. A linha de transmissão não deve romper-se em tempo algum. Só assim será possível declarar: “A memória do meu nome (permanece) de geração em geração” (Sl 102.12). O rompimento da lei da transmissão afeta uma multidão: o filho e seus descendentes.

O conteúdo da transmissão encontra-se neste texto: “O que vimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor e o seu poder e as maravilhas que fez” (Sl 78.3-4).

Temos três grandes riquezas para transmitir aos filhos: a Palavra, o exemplo e a história do povo de Deus.

A Palavra engloba a revelação de Deus, a história da salvação e os princípios que regem a vida do cristão. O exemplo engloba a experiência a e autoridade daquele que é o elo de ligação entre a geração anterior e a geração posterior. A história engloba as manifestações da soberania da misericórdia de Deus na vida do seu povo, desde a criação, à encarnação do Verbo. Desde a nossa conversão até o presente. Os filhos de hoje precisam repetir o que os filhos de Coré diziam: “Ó Deus, nós ouvimos com os nossos próprios ouvidos aquilo que nossos antepassados nos contaram. Ouvimos falar das grandes coisas que fizestes no tempo deles, há muitos anos” (Sl 44.1). A história demonstra que Deus é o planejador e o autor de tudo. 

Por motivos vários nem sempre os pais são bem-sucedidos na pratica da lei da transmissão. Seja por falta de oração, falta de exemplo, falta de perseverança, falta de amor, falta (ou excesso) de severidade, falta de sabedoria, falta de lágrimas, falta de tempo, por causa do cansaço, falta de auxílio da parte de outros membros da família e da própria igreja e por muitas outras razões por vezes acentuadamente complexas.

Há pais que são ótimos profissionais, mas não têm tempo para cuidar dos filhos e educá-los. Mas também é verdade que há pais que cuidam muito bem de sua casa e ainda assim seus filhos estão fora do Evangelho.

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