Apesar do fato de que o evangelho de Jesus tem sido anunciado há dois milênios, tenho a incômoda impressão de que a pessoa mais importante do mundo ainda é pouco conhecida e levada a sério.

Jesus e os discípulos de Emaús, Rembrandt, 1655

Nasci e cresci num ambiente doméstico e religioso que tratava Jesus como a pessoa mais importante do mundo. Esses valores me foram passados desde o berço. Não me lembro de um dia sequer em que eu tenha duvidado da majestade de Jesus.

No alvorecer de minha mocidade, essa bagagem herdada no lar e na igreja recebeu um tratamento individualizado. Continuei a crer não só por causa da formação que me foi passada e por causa da cultura que me rodeava, mas também por causa do meu assentimento deliberado e consciente.

Antes mesmo de ir para o seminário, eu já falava de Jesus aos meus amigos e colegas.

Lembro-me perfeitamente bem de uma pesquisa bíblica que fiz sobre os acontecimentos envolvendo a pessoa de Jesus no período compreendido entre o Domingo de Ramos e o Domingo da Ressurreição.

Foi na Semana Santa de 1951. Eu fazia então meu primeiro ano de seminário. Não era um trabalho acadêmico, exigido por algum professor. Eu estava satisfazendo minha curiosidade sobre o assunto.

Até hoje guardo a Bíblia que meu pai me deu em 1939, por ocasião do meu nono aniversário. Na dedicatória, ele escreveu: “O meu desejo é que, a vida toda, pregues as doutrinas de Jesus, contidas nas Santas Escrituras”.

É o Jesus da Bíblia que eu conheço e prego. Nele tenho posto minha fé, minha confiança e minha esperança. Sem qualquer medo ou receio de desapontamento próximo ou futuro.

A cabeça está cheia de Jesus. O coração está cheio de Jesus. O entusiasmo por Jesus é enorme. Nada é forçado, inventado ou fingido.

Em meados de 2001, um professor universitário aposentado me levou para pregar numa roça distante uns 60 quilômetros da minha cidade. Preguei na cozinha de chão batido de uma viúva pobre. Havia umas doze pessoas no recinto. Contei a história da ressurreição do filho da viúva de Naim. Eu mesmo me reanimei com aquela amorosa intervenção de Jesus. Pois, apesar do fato de que o evangelho de Jesus tem sido anunciado há dois milênios, tenho a incômoda impressão de que a pessoa mais importante do mundo ainda é pouco conhecida e levada a sério.

Trecho publicado no livro A Pessoa Mais Importante do Mundo, de Elben César

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