Tenho o prazer de comunicar aos fãs e leitores vorazes de Lewis que, finalmente, tive a oportunidade de traduzir uma obra completa dele, que está para ser lançado no ano que vem. Segue uma amostra da quarta capa e do prefácio do livro, só para dar um gostinho:

Quarta capa

A Imagem Descartada pinta um quadro lúcido da visão de mundo medieval, provendo o pano de fundo histórico e cultural para a literatura da Idade Média e Renascença. A obra descreve a “imagem”, descartada pelos anos subsequentes como sendo a “síntese medieval em si mesma, de toda a organização de sua teologia, ciência, e história de acordo com um Modelo Mental do Universo simples, complexo e harmonioso”. Esse último livro de C.S. Lewis tem sido aclamado como “um memorial final da obra de um grande erudito e professor e de uma mente sábia e nobre”.

“Sábio, iluminador, amigável, poderá muito bem vir a ser tido como o melhor livro de C.S. Lewis.”

The Observer

“… erudito e gracioso, cheio de anedota e analogia, iluminadoras das imagens do passado”.

Los Angeles Times

 

PREFÁCIO DO AUTOR

Este livro é baseado nas preleções apresentadas mais de uma vez em um curso oferecido em Oxford. Alguns dos que participaram expressaram o desejo de que a sua essência recebesse uma forma mais permanente.

Não poderia me gabar do fato de ele conter muita coisa que um leitor não teria descoberto sozinho, se, em toda parte mais dura dos livros antigos, ele tivesse que se voltar para comentadores, histórias, enciclopédias e outros recursos auxiliares desse tipo. Pensei que as preleções tivessem valido a pena e o livro valesse a pena escrever, porque aquele método da descoberta me parecia bastante insatisfatório a mim e aos outros. Pois nós só nos voltamos para esses meios auxiliares quando as partes duras são manifestadamente duras.

Mas há partes traiçoeiras que não nos encaminharão para as notas. Elas parecem fáceis, mas não são. Nesse caso, de novo, muitos pesquisadores ad hoc infelizmente prejudicam a leitura receptiva, de modo que pessoas sensíveis possam vir até a se referir à pesquisa como algo pernicioso, que sempre as conduzisse para fora da própria literatura.

Minha esperança era de que, se uma ferramenta tolerável fosse adquirida com antecedência (ainda que incompleto) e eleita acompanhante da leitura, ela o pudesse conduzir para dentro dela. Ficar constantemente consultando um mapa, quando haja aí uma bela vista à sua frente, destrói a “passividade sábia” com a qual uma paisagem deve ser admirada. Mas consultar um mapa antes de partirmos não tem um efeito tão avassalador. Na verdade ele nos levará a várias perspectivas; inclusive aquela que jamais teríamos descoberto apenas seguindo o nosso faro.

Sei que existe aquele [tipo de leitor] que prefere não ir além da impressão que uma obra antiga, por mais aleatória, dá a uma mente que lhe aplica uma sensibilidade puramente moderna e concepções modernas; da mesma forma que há exploradores determinados que carreguem a sua Gramática Inglesa por toda parte; que, misturados apenas a turistas ingleses, aproveitam de tudo que vêem por seu caráter “exótico”, sem nenhum desejo de entender o que aqueles estilos de vida, aquelas igrejas e aqueles quintais significam para os nativos. Eles têm a sua recompensa. Eu não tenho nenhum problema com pessoas que abordam o passado com esse espírito. Espero que eles também não tenham nenhum comigo. Mas eu estive escrevendo para o outro tipo de leitor.

 

Editora É-realizações

http://www.erealizacoes.com.br/

  1. Oi Gabriele, parabéns pelo site e pela dedicação a esse brilhante autor. Essa tradução já está disponível? Onde é possível adquiri-la?
    Abraços

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