Por Andréa Espírito Santo

Proteger as crianças de quê? A expressão “Proteção à Criança” pode ser usada para descrever o trabalho que as organizações realizam para proteger crianças e adolescentes do risco de todo tipo de abuso e a responsabilidade que uma organização tem de proteger as crianças com as quais seus membros têm contato. Parte desse trabalho e responsabilidade está em capacitar os adultos da organização para que mantenham uma conduta que diminua os riscos. Outra parte é habilitar as crianças a se protegerem, ensinando–as por meio de uma linguagem simples e lúdica.

O Brasil tem um número alto de abuso contra crianças e adolescentes. O abuso pode acontecer em casa ou fora dela, na grande maioria das vezes por alguém muito conhecido da criança. E, diante dos números oficiais de notificação, há abusos e violência em ONGs, escolas, igrejas e outros que as crianças frequentam. Onde há crianças, é possível que alguém mal-intencionado tenha se aproximado para maltratá-las.  Onde há crianças, os responsáveis por esses locais precisam assegurar que estão protegidas. Aí entra o ministério de proteção à criança, facilitando o aprendizado de adultos e crianças e compartilhando conhecimento para que todos saibam como protegê-las!

Andrea dá treinamento

Esse ano tivemos a alegria de realizar capacitação inicial de proteção para diversas igrejas, para agências missionárias internacionais (que tem sua política de proteção à criança por escrito) e em projetos sociais em missões que atuam diretamente com crianças em alto risco de vulnerabilidade social. Como um dos nossos objetivos é compartilhar informação sobre o assunto, realizamos lives, aulas ao vivo através de uma rede social, indicando material ou tratando de algum tema específico, como a indicação do livro Sempre Alerta: prevenindo e respondendo ao abuso infantil na igreja.

Quando uma organização se propõe a ser mais segura para crianças, segue normas que chamamos de Boas Práticas. Por exemplo a “regra dos dois adultos” e o “acompanhamento de visitantes”, que são citadas no capítulo 9 do livro A Criança, a Igreja e a Missão: nunca um grupo de crianças ou adolescentes está somente com um adulto, são no mínimo dois, e quando há visitantes para qualquer atividade, logo os responsáveis apresentam as Boas Práticas com ênfase positiva, que todos devem cumprir. Ensinamos às crianças identidade, partes do corpo e higiene do corpo, toques saudáveis e toques insalubres (carinho bom e carinho ruim), respeito, carinho em público, valorização dos sentimentos e pessoas de confiança para contar sobre esses sentimentos, especialmente os difíceis (como tristeza, dúvida, raiva, vergonha, medo etc.). Sempre utilizando jogos, brincadeiras, vídeos, histórias, bonecos etc.

Além de um projeto de proteção para igrejas chamado Espaço de Proteção, sou também missionária da Mocidade Para Cristo no Brasil, coordenando o departamento de proteção, inaugurado em janeiro de 2018. Estamos disponíveis para compartilhar e facilitar o aprendizado de outras organizações. Para mais informações, entre em contato com andreaespiritosanto@gmail.com ou acesse www.facebook.com/Espacodeprotecao .

  1. Não dá pra fingir só acontece do outro “lado da rua” e/ou jogar a poeira debaixo do tapete. Previnir é melhor que remediar. Andrea tem experiência e metodologia adequadas para ajudar.

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