Por Andrea Espírito Santo*

A estrela de Belém iluminou o caminho dos reis do Oriente para que eles pudessem encontrar o menino Deus… Não sei explicar quando ou como essa parte da história do Natal capturou meu coração. Sei que há muitos anos nesta época eu tenho feito uma oração pedindo a Deus que me permita ser como a estrela que orientou aqueles que precisavam encontrar o Salvador. Acho belíssimo pensar nesse cenário, aquela estrela, aqueles homens levando presentes para Jesus. Não preciso dizer o quanto amo o Natal e as luzes desta época. A tal “magia do Natal” que envolve a decoração, as canções, a ceia, mas o que me encanta mesmo, me emociona, é a história do primeiro Natal. Só o Rei de todo o universo foi capaz de se fazer pequeno, humilde, ter um nascimento num estábulo.

A primeira vez que tive o desafio de passar Natal num país onde não o comemoram foi em 2008, na Guiné-Bissau, ao visitar uma querida missionária que estava sozinha por uma ocasião de mudança da equipe e falecimento da outra missionária solteira (uma querida da mesma região que eu, Santos, SP). Digo “desafio” porque as “luzes e a magia” do Natal fariam falta. Fizeram falta. Porém não se compara ao preenchimento que tive de alegria, paz e satisfação no Espírito por ser companheira dessa minha amiga, cozinhar juntas, rir, conversar, orar, ajudar muito nas atividades da igreja. Inclusive levei ofertas especiais das igrejas de Santos para uma festa de Natal com as pessoas da igreja local que, sim, estavam a cada ano aprendendo sobre a data.

A mais recente memória que tenho de ter passado o Natal “longe de casa” tem sido agora, por duas vezes seguidas, na Tailândia, onde morei até julho. Foi um impacto perceber a ausência do nascimento (morte e ressurreição) de Jesus e de toda a sua história num país budista.

A comemoração de Natal que existe se trata dos shoppings decorando os espaços com bonitas árvores para atrair os estrangeiros e aumentar o consumo. Mas não é esse o motivo do Natal. Minha vontade era gritar isso. Ah, se vocês pudessem saber a história! Ela é tão linda, tão única, tão mágica. Ela encanta aqueles que a conhecem, o Rei do Universo nasceu como um bebê! E quer nascer no teu coração.

Graças a Deus estão acontecendo muitas iniciativas no mundo budista, na Tailândia, exatamente agora, nesse mês de dezembro, para iluminar o entendimento de muitos, para que conheçam quem é Jesus. Tive orientação da minha liderança de ser intencional especialmente em dezembro para falar do Salvador. Recebi revistinhas decoradas na língua local explicando a história do Natal para distribuir entre os vizinhos e funcionários do prédio. Para o povo lá, dia 24 e 25 são dias comuns.

Volto a pensar na estrela de Belém e fazer uma oração: que de fato sejamos aqueles que apontam ao Salvador para tantos povos em tantos lugares que nunca ouviram a tão bela história do Natal.

 

*Andrea é de Santos (SP) e serviu na Tailândia junto a refugiados até 2017.

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