*Conteúdo oferecido como “Mais na Internet” da edição 378 (julho-agosto) da revista Ultimato.

Por Ariane Gomes

A história de vida de Esther Marques Monteiro, 93, é um precioso testemunho de disposição e alegria no serviço à igreja e ao reino de Deus.

Filha de José Monteiro Borges da Silva e Cecília Marques Monteiro, e irmã de Alda Monteiro Silva, dona Esther foi batizada aos 17 anos pelo pastor Rev. Jonathas Thomas de Aquino, na Igreja Congregacional de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro. Nesta igreja, ela colaborou como professora de crianças e na área de música, como organista.

Em 1949 d. Esther e a irmã, Alda, mudaram-se para a Igreja Evangélica Fluminense onde também trabalhou no departamento infantil, colaborou na área de música, foi redatora do boletim dominical e é membro até hoje.

Dona Esther é conhecida pelo trabalho como bibliotecária da Biblioteca Fernandes Braga, inaugurada em 1943, nas dependências da Igreja Evangélica Fluminense. A biblioteca foi uma iniciativa de João Gomes da Rocha, filho adotivo do casal Robert e Sarah Kalley, que reuniu a documentação escrita pelos pais durante o tempo de permanência deles no Brasil e a ofereceu à igreja. A biblioteca presta grande serviço ao público permitindo a consulta a documentos que têm sido usados na produção de livros e teses. As consultas e visitas são feitas mediante agendamento e muitos pastores, seminaristas e estudantes em geral a frequentam para estudos ou apenas pelo interesse em seu acervo.

Em 2009, dona Esther participou como copista do projeto Bíblia Manuscrita, da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), escrevendo à mão o livro de 1 Reis. A iniciativa envolveu mais de 500 mil copistas na preparação de 29 cópias artesanais da Bíblia. Segundo d. Esther, esta experiência ímpar começou quando, numa visita a uma das lojas da SBB, ela foi cordialmente convidada a escrever alguns versículos e, tendo a letra apreciada, a participar do projeto.

Da esquerda para a direita: Flora, Gabriel, d. Esther, Dilma e seu esposo, Roberto.

D. Esther completou 93 em 30 de maio e desde os 90 decidiu oferecer, a cada ano seguinte, um culto de gratidão a Deus, o que, segundo ela, tem sido uma experiência gratificante. Cercada por bons amigos, dona Esther diz que os dias passam com rapidez por nossa culpa, que colocamos excesso de atividades nos segundos, minutos e horas de cada dia e não percebemos que assim se vão os dias, meses e anos.

D. Esther acompanha Ultimato há muitos anos e atualmente é titular de uma assinatura coletiva da revista junto com um grupo de dez pessoas. Ao ser convidada para participar da seção “Nomes”, da edição de julho/agosto de Ultimato, ela disse ter recebido a notícia como uma boa surpresa que fez com que recordasse do artigo Ó Deus, dá-me surpresas, do pr. Elben César, publicado na edição de março/abril de 2015. Ela compartilhou que a leitura do conhecido versículo de Efésios 3.20-211 feita pelo pastor Elben neste artigo foi novidade: “Eu não interpretava o ‘muito mais’ como ‘surpresas de Deus’. Então o Rev. Elben afirmou: ‘nada nos impede de fazer esta oração: Ó Deus, dá-me surpresa’”.

Ao ser perguntada sobre qual é o seu lugar no mundo, d. Esther disse que não se inclui entre os muitos escolhidos por Deus para um determinado propósito, mas que isso não a impediu de, ao longo de seus 93 anos, procurar viver de maneira correta, embora sabendo imperfeita.


Nota
1. Efésios 3.20-21 – “E agora, que a glória seja dada a Deus, o qual, por meio do seu poder que age em nós, pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos! Glória a Deus por meio da Igreja e por meio de Cristo Jesus, por todos os tempos e para todo o sempre! Amém!”
Fotos
1. Crédito: Flora Prata
2. Crédito: Priscila, de Photos&Afins

 

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