[500 Anos da Reforma]
Por Martinho Lutero

Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês.
— 1 Pedro 1.17

Nós ensinamos que Deus nos salva somente pela fé, independentemente das nossas obras. Por que, então, Pedro diz que Deus julga as obras de cada pessoa? Eis a razão: O que temos ensinado – que somente a fé nos justifica diante de Deus – é uma verdade inquestionável, pois está tão clara nas Escrituras que ninguém pode negar.

O que o apóstolo diz aqui – que Deus julga de acordo com as obras – também é verdade. Devemos sempre nos lembrar de que, onde não há fé, não pode haver boas obras e, por sua vez, onde não há boas obras, não há fé. Portanto, devemos manter a fé e as boas obras conectadas. Toda a vida cristã é incorporada por ambas. A maneira como vivemos é importante, pois Deus nos julgará de acordo com ela.

Mesmo que Deus nos julgue de acordo com as nossas obras, ainda é verdade que elas são apenas os frutos da fé. É assim que verificamos se temos fé ou não. Logo, Deus nos julgará com base no fato de termos acreditado ou não. Da mesma maneira, a única forma de julgar os mentirosos é por meio de suas palavras. Porém, continua sendo óbvio que eles não se tornam mentirosos por meio das suas palavras, mas que eles já eram mentirosos antes de contarem uma única mentira. Pois a mentira chega à boca vinda do coração.

As obras são os frutos e os sinais da fé. Deus julga as pessoas de acordo com esses frutos, os quais brotam da fé de maneira que revelam publicamente se temos fé em nossos corações ou não. Deus não nos julgará ao nos perguntar se somos chamados de cristãos ou se fomos batizados. Ele perguntará a cada um de nós: “Se você é um cristão, então me diga: onde estão os frutos que demonstram a sua fé?”.

Em 2017, Ultimato vai relembrar e celebrar os 500 anos da Reforma Protestante. O Blog publica, sempre às segundas-feiras, uma devocional do reformador Martinho Lutero, retirado do seu Somente a Fé – Um Ano com Lutero.

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