Estudo sugere que genética influencie na percepção musical — Este é o título de artigo publicado no G1 e também no Correio Braziliense, recentemente <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/02/estudo-sugere-que-genetica-influencie-na-percepcao-musical.html>.

O diário de Brasília relata um teste interessante: selecionaram centenas de gêmeos e os submeteram a um teste de audição, que consistia em perceber uma nota desafinada em passagem musical. Enquanto no grupo de controle a percepção acontecia de acordo com uma certa média, entre os gêmeos, essa percepção era consistentemente em duplas. Ou seja, entre os gêmeos, se um percebia o defeito musical, o outro também percebia, sendo o inverso também verdadeiro.

Esse estudos sugerem uma base genética para a habilidade musical. Falam, por exemplo, das famílias de músicos, onde, até há pouco, se pensava que essa habilidade fosse aprendida, herança. Mas agora tendem a explicá-la por outro ângulo: um gene comum, o AVPR1A. Não deu outra: entre os músicos famosos se encontraram irmãos e irmãs não tão famosos, mas igualmente fenomenais. Apenas ofuscados pelo gênio da família.

Amusia

 

O que achei interessante é que os relatos de pesquisas em andamento dão conta de que tal aptidão, recebida geneticamente, está relacionada a uma área do cérebro encarregada da comunicação social. E fico a pensar: teria Deus nos habilitado, geneticamente, à adoração? Uma capacitação, tão especial quanto misteriosa, de relacionamento entre criatura e Criador? Seria essa habilidade manifesta por meio de uma especial competência emocional, que permitisse a “comunicação do coração”? Competência para perceber e reproduzir, ou mimetizar, como dizem os especialistas?

Não sabemos muito, ainda, sobre isso. Mas as perguntas já começam a surgir. E Deus não tem ficado de fora desses questionamentos. Se chegaram a batizar o bóson de Higgs de “partícula de Deus”, não demorará muito para que alguém sugira que o gene do receptor de vasopressina 1ª (AVPR1A) seja o “canal do coração” ou o “portal para Deus”.

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