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Opinião

“Meu pastor está na lista de Ashley Madison”

Especial – por Christianity Today (EUA)
Publicado em 27 de agosto de 2015


Esta semana já escrevi algumas vezes sobre o escândalo do vazamento das informações de “cliente” do site de casos extraconjugais Ashley Madison1, porque pastores, líderes cristãos e famílias estão enfrentando revelações devastadoras e os resultados do pecado manifesto publicamente.

Baseando-me em conversas com líderes de várias denominações nos EUA e Canadá, estimo que pelo menos 400 líderes de igrejas (pastores, presbíteros, obreiros, diáconos, etc.) vão renunciar a seus cargos no próximo domingo. Esse é um momento significativo de vergonha para a igreja – e deve ser. Para ser honesto, o número de pastores e de outros líderes eclesiásticos no Ashley Madison é muito mais baixo do que o número daqueles que buscam ter um caso extraconjugal. Mas ainda há muito que devemos levar em conta no meio dessa onda vergonhosa.

Também, para sermos claros, em situações como estas, devemos confirmar todas as informações. Nem todos que estavam na lista colocaram seus próprios nomes ali. Entre os que fizeram, o pecado e as circunstâncias serão diferentes. Muitos provavelmente colocaram seu nome, mas não foram adiante, não chegaram a cometer o adultério. Mas de qualquer maneira a confiança foi destruída e corações foram feridos. Mas antes de assumir que o nome numa lista significa que houve adultério, devemos confirmar todas as informações e buscar toda a verdade.

Na terça-feira, eu escrevi A vida é eterna. Não tenha um caso extraconjugal, refletindo sobre a questão. Ontem, eu escrevi Eu estou na lista de Ashley Madison. E agora? para ajudar pessoas reveladas na lista a lidar com as consequências. Hoje quero enfocar especialmente o caso de pastores e obreiros cristãos.

O que acontece com as ovelhas quando o pastor se desqualifica do ministério pastoral? Pastores foram encontrados a lista de Ashley Madison e é desastroso ouvir as histórias. Mas raramente as pessoas levam em conta o grupo maior afetado pela falha do pastor, maior até mesmo do que a própria família, que está enfrentando o primeiro impacto da angústia.

Quero pensar brevemente no que muitas igrejas estarão enfrentando nesse fim de semana. O que acontece com as ovelhas quando o pastor se desqualifica do ministério pastoral? Essa não é a única questão, e talvez não seja a primeira a ser tratada – esposas foram traídas, corações de filhos foram partidos, e mais. Como escrevi ontem, alguns estão considerando o suicídio, e mais, após a descoberta do seu pecado.

As igrejas são importantes
Mas isso não é realmente algo que podemos ignorar – as igrejas também são importantes. Quando o pastor violou uma confiança sagrada, todo o rebanho é prejudicado. Esse não é o tempo para agir como se tudo estivesse bem, na correria formar uma comissão para procura de um novo pastor, enquanto ignoramos o rebanho ferido que está sangrando. Primeiros socorros levam um tempo, e as feridas do rebanho devem ser consideradas antes de buscar uma substituição urgente do pastor. Mesmo quando membros de uma igreja não idolatram seu pastor, há bastante confiança implícita no relacionamento. Os membros acreditam que aquele que lhes ensina a Palavra todas as semanas é o mesmo no púlpito quanto na vida privada. Quando acontece uma revelação como o de Ashley Madison, a quebra de confiança é severa e muitas vezes demora muito além do momento.

Caso seu pastor ou um obreiro renuncie ao cargo
Se você for membro de uma igreja cujo pastor deve sair, o que você deve fazer para manter a saúde pessoal sua e da sua igreja? Aqui há algumas ideias:
  • Pense em Deus, que nunca falha. Essa é a hora de lembrar que ninguém está livre de pecado. Lembre-se – não para aliviar a culpa de seu pastor – mas não mantenha seu foco no problema. Deus continua em seu trono. É ele, e não o seu pastor, que nunca vai falhar. O apóstolo Pedro falhou três vezes na mesma noite, mas Jesus não falhou. Mantenha seu olhar nele.
     
  • Apoie os que lutam mais que os outros. Algumas pessoas da igreja vão lutar mais que outras com esse tipo de problema. Alguns sentirão a tentação de “abandonar a igreja” porque “o pastor era um hipócrita.” Para alguns, esse é um peso que não podem carregar sozinhos. Pratique Gálatas 6.2: fique do lado delas, ajude-as a carregar seu fardo e assim cumpra a lei de Cristo.
     
  • Cuide da família do seu pastor ou obreiro. Sim, sua igreja sofreu uma traição, mas a esposa sofreu muito mais. Mandei a mensagem para a equipe pastoral da minha igreja: “Se alguém de vocês usou esse serviço, preciso que me informem. Você vai ser amado e ajudado num processo de arrependimento, aconselhamento e cuidado. Suas esposas vão receber cuidado e amor. Mas chegou a hora de você se manifestar. Os nomes estão sendo revelados”. Sinceramente, eu prefiro cuidar dos que foram traídos do que do traidor, mas devemos cuidar de todos.
     
  • Ame seu pastor publicamente e na sua vida pessoal, com graça e verdade. Seja consistente em seu amor pelo seu pastor que se autodestruiu e cujo mundo acabou de se arruinar. Sem dúvida ele sofre da ferida que ele mesmo causou, mas mesmo tais pessoas precisam de cuidado. Fale honestamente, mas com amor. Eu sei que você está com raiva – eu também estou com raiva —e isso é apropriado, mas tenha raiva com graça e com verdade.
    Ame seu pastor pelo ministério que recebeu dele antes, e ame seu pastor e os líderes da igreja através do ministério que eles precisam receber agora. Lembre-se da graça que você recebeu em Cristo, e não se esqueça que a mesma graça é oferecida ao seu pastor ferido. E isso se aplica a pastor, presbítero, diácono ou outro obreiro.
Se seu pastor estiver na lista
Se chegar a esse ponto e nenhuma outra pessoa, que você saiba, tenha confrontado o pastor, então você deve confrontá-lo e informar a liderança de igreja. Graças as Deus, apesar de milhões de nomes liberados na quebra do banco de dados, haverá um número pequeno de pastores entre eles. A maioria continua fielmente e obedientemente nos ministérios onde Deus lhes colocou. Esses poucos virão à tona, mais cedo ou mais tarde. E mesmo que eles estejam na lista, não será o fim do Reino de Deus. Deus reina, e sua autoridade não é ameaçada pelas falhas dos seus filhos. Ele não está em perigo de ser derrotado quando alguns são expostos como bodes em vez de ovelhas.

Reconheça que com o ofício vem a responsabilidade
Sei que isso é duro, mas renúncias discretas e conversas confidenciais não são a resposta. O arrependimento pastoral é diferente—a Bíblia ensina isso.
Sei de pastores que nesse momento estão negociando uma renúncia silenciosa, depois de um caso relacionado com Ashley Madison – mas não se pode fazer isso, quando se leva a sério o ofício do pastor.

Como mencionei antes, é necessário um arrependimento pleno e público. E, falando a pastores, a Bíblia que você costumava pregar inclui um ensino claro para esse momento. 1 Timóteo 5.20 deve ser uma advertência para todos nós: "Os que pecarem, deverão ser repreendidos em público, para que os demais também temam."

Como escrevi no artigo sobre a necessidade de um arrependimento pleno e público, o arrependimento deve ser evidente quando qualquer crente cai em pecado, mas algo mais é requerido quando o pastor está envolvido, e isso é tão importante quanto o cuidado com as acusações.

Com esse nível mais elevado em mente, quero oferecer três princípios para o arrependimento de pastores e líderes cristãos:
  1. O arrependimento deve ser público. Sim, pastores têm um padrão mais elevado para receber críticas, e quando se respeita esse padrão, entra um novo padrão - a dimensão do conhecimento do pecado deve ser a dimensão do arrependimento a ser manifesto. Pastores têm uma responsabilidade que lhes foi confiada. Se você é pastor de uma igreja pequena, sua igreja deve saber. Se lhe foi confiado um ministério global, entretanto, seu arrependimento também deve ser manifesto numa escala global. Sim, isso é duro. Mas você não pode usar o padrão mais elevado para receber críticas em sua própria vantagem quando for benéfico, mas ignorar o padrão mais elevado de arrependimento quando as coisas se tornam difíceis. Não é necessário revelar os detalhes, mas o pecado deve ser admitido. Adultério, mentiras, roubos devem ser nomeados, não apenas sugeridos. Quando você se tornou pastor, você renunciou ao direito de não ser revelado quando as acusações são comprovadas. A confissão não deve se tornar lascivo, mas deve ser claro.
  2. O arrependimento deve ser completo. Como Lanny Davis escreveu sobre escândalos políticos, "Fale tudo, fale logo, fale você mesmo”. Ou para citar uma paráfrase de Provérbios 28.13: "O que cobrimos, Deus revela, o que reconhecemos, Deus cobre”. Há uma grande liberdade em fazer uma confissão completa logo e ir adiante em busca de restauração. A alternativa é ficar preso num ciclo de esperar até que mais evidência venha à tona e depois tentar explicar de forma a tentar proteger nossa reputação. O arrependimento é libertador.
  3. O arrependimento deve levar à restauração. Quando se trata de arrependimento pastoral, o medo leva a esconder para sempre, enquanto a fé leva à confissão e restauração. Não estou dizendo que todo o pastor pode ser restaurado para toda a função - essa é uma discussão para outro dia. Mas um pastor que comete adultério, por exemplo, precisa estar sob um processo de disciplina com a igreja e isso leva um tempo significativo (penso que seria, pelo menos, de dois anos).
A Graça de Deus
Por razões que não posso compartilhar (porque não se trata de compartilhar a minha história), eu tenho muito mais preocupação com as vítimas, mas se nos preocupamos com a igreja (e o pastor que caiu), precisamos ter uma conversa franca na igreja.
A graça de Deus é suficiente para o pastor que cai, e para o rebanho que ficou vulnerável. Nós temos um Grande Pastor, o Pastor Supremo, que é para nós o que um pastor terreno jamais pode ser: perfeito, totalmente digno de confiança, que nunca falha. É Ele que nos leva a águas tranquilas e para pastos verdejantes. Vamos colocar nossa fé nele, e assim encontraremos descanso para nossas almas cansadas.

Ore por seus pastores e obreiros hoje, mesmo que eles não tenham caído em pecado. Ore por eles, para que resistam à tentação e se agarrem à cruz quando tentados.

Nota:
1. Ashley Madison é um site que oferece intermediação para pessoas que procuram um caso extraconjugal. Houve um grande vazamento de nomes de “clientes”, que infelizmente incluíam muitos pastores e outros líderes evangélicos.

Os direitos de publicação deste artigo pertencem ao site Christianity Today. Artigo publicado em 27 de agosto de 2015 por Ed Stetzer, com colaboração de Chris Martin e Marty Duren. Tradução: Antonia Leonora van der Meer

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