O livro
Apresentação
De um lado, um cura de almas mundano — Freud era judeu e ateu. De outro, um “cura de almas espiritual” — Pfister era pastor protestante —, que se refere a Freud como “o amado adversário”. O que havia de comum entre eles era, acima de tudo, a busca pela compreensão do homem. Essa busca resultou num fecundo diálogo sobre temas como o complexo relacionamento entre psicanálise e religião, a psicanálise como técnica a serviço da cura analítica de almas, os primórdios da análise laica, a análise de crianças e adolescentes e a análise de pessoas “não doentes no sentido clínico”.
É fascinante acompanhar o diálogo e a construção da amizade entre Freud e Pfister. Pouco a pouco trocam ideias, textos e, acima de tudo, compartilham vida. Visitam-se, presenteiam-se, fazem confidências e influenciam-se mutuamente. Ao mesmo tempo, parecem cão e gato.
Foi assim
Cartas entre Freud e Pfister tem um pai e uma boa mãe. A mãe, claro, é a Editora Ultimato, que lhe deu a luz e comemora, de roupa nova, dez anos de publicação de um dos seus filhos mais ilustres. O pai, na verdade, são muitos. É que a ideia da publicação nasceu do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, a começar da tradutora, e também autora, Karin Wondracek. Ao lado dela, do psicólogo Ageu Lisboa e do médico-psiquiatra Uriel Heckert, entre outros, começamos uma longa trilha para fazer nascer o primeiro Freud da Editora. Ninguém esquece.
A tradução para a edição em português, como fariam as melhores casas do ramo, aconteceu do original em alemão. Aliás, traduzir o contrato foi uma novela. Trágica e cômica.
A tradução do livro… recebemos em velhos e bons disquetes, enviados pela Karin. Naqueles dias, 1997 e 1998, também recebíamos cartas. Algumas mal traçadas linhas do Ageu, que sobravam entusiasmo e ansiedade, e do velho amigo, doutor Uriel, uma carta sóbria, à máquina e não à mão. E, surpresa, logo nos primeiros dias do lançamento, uma carta de agradecimento assinada de próprio punho do rabino Henry Sobel.
Acesse Deu na Folha, no Jornal do Brasil, no Estado de Minas e também O pastor que "explica" Freud para ler mais sobre o que cercou a publicação do livro.
#1 por WAGNER LOPES em 24/06/2009 - 14:15
Maravilhosa a idéia de publicar algo do gênero.
Vamos transformar em AUDIOLIVRO?
Att
Wagner Lopes
narra audiolivro
#2 por Marcos Antônio Crecchi em 05/07/2009 - 13:27
A psicanálise não responde todas as necessidades existênciais no ser humano, recomendo a leitura do livro por que Freud errou, neste livro o autor vai tratar dos equivocos de Freud pecado ,ciência e psicanálise.
#3 por Marcos Antônio Crecchi em 05/07/2009 - 13:33
#4 por natanael gomes em 05/04/2010 - 16:12
O dialogo entre freud pfister é um tanto quanto interesante, enquanto freud defende a conprienção e cura da Auma através da psicanálise pfister á denfera através da fé… eu consetesa o recomendo.
#5 por Ana Paula em 11/09/2010 - 20:35
Sou estudante de psicologia e achei o livro muito interessante. Enquanto muitos têm preconceito das idéias do “judeu ateu”, Pfister abre-se à ciência e mergulha junto com o amigo cientista na jornada pela cura da alma. Fascinante ver como homens sem preconceitos religiosos e inteligentes, como Freud e Pfister, podem acrescentar sabedoria ao conhecimento humano. Eles fizeram isso não só pelas contribuições à psicanálise, mas também pelo exemplo de respeito mútuo e cordialidade, apesar das contrastantes opiniões a respeito da fé.
#6 por DenisSmith em 01/03/2012 - 13:05
Perceber que as ciências passam por uma crise e que essa crise pode culminar na derrocada definitiva do ser é difícil para muitos (especialmente no brasil) pois a maioria se despreocupa de importantes assuntos relativos à existência humana. Tais dificuldades podemos pressupor das tambem dificuldades em buscar se compreender pois o consumismo e a superficialidade tomaram uma importancia tão “significativa” que mesmo quem se ocupa em trabalhar nessas crises acaba confundido como “falso cientista” ou de palavras vãs. A natureza humana, assim como a natureza ambiental é de uma diversidade praticamente infinita, pois conceber apenas uma linha que compreenda por definitivo essa natureza afirmo ser impossível. Crer que a dificuldade de compreensão ao ser humano passa por essa revisão científica e, em contrapartida, estabelecer que diversas devem ser as ciências psicológicas para buscar um entendimento do homem para, assim fazê-lo entender-se de suas angústias. Freud é um expoente entre tantos outros como Einstein ou Darwin. Ele, Freud, não esteve nem mais certo nem mais errado que outros, apenas buscou uma linha que aqueles que se identificassem pudessem se ajustar a ela. Religião sem liberdade é escravidão! Abçs!